
"Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver. " (Bertold Brecht)
domingo, 28 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Cia Criando Arte de Varjota.

domingo, 21 de novembro de 2010
Caminhada...

medir meus passos, prestar atenção no que faço e no que fazem os que por
mim também passam ou pelos quais passo eu...
Que eu não me iluda com o ânimo e o vigor dos primeiros
trechos, porque chegará o dia em que os pés não terão tanta força e se
ferirão no caminho e se cansarão mais cedo...
Todavia, quando o cansaço houver, que eu não me desespere e acredite
que ainda terei forças para continuar,
principalmente quando houver quem me auxilie...É oportuno
que, em meus sorrisos, eu me lembre de que existem os que
choram, que, assim, meu riso não ofenda a mágoa dos que
sofrem: por outro lado, quando chegar a minha vez de chorar, que eu não
me deixe dominar pela desesperança, mas que eu entenda o sentido do
sofrimento, que me nivela, que me iguala, que torna todos os homens
iguais...
Quando eu tiver tudo, farnel e coragem, água no cantil, e
ânimo no coração, bota nos pés e chapéu na cabeça, e assim, não temer o
vento e o frio, a chuva e o tempo.
Que eu não me considere melhor do que aqueles que ficaram
atrás, porque pode vir o dia em que nada terei mais para
minha jornada e aqueles, que ultrapassei na caminhada, me
alcançarão e também poderão fazer como eu fiz e nada de fato fazer por
mim, que ficarei no caminho sem concluí-lo...
Quando o dia brilhar, que eu tenha vontade de ver a noite em que a
caminhada será mais fácil e mais amena; quando for
noite, porém e a escuridão tornar mais difícil a chegada, que eu saiba
esperar o dia como aurora, o calor como bênção...
Que eu perceba que a caminhada sozinho pode ser mais rápida, mas muito
mais vazia... Quando eu tiver sede, que encontre a fonte no caminho,
quando eu me perder, que ache a indicação, a seta, a direção...
Que eu não siga os que desviam, mas que ninguém se desvie
seguindo os meus passos...Que a pressa em chegar não me
afaste da alegria de ver as flores simples que estão a beira da
estrada, que eu não pertube a caminhada de ninguém, que eu entenda que seguir
faz bem, mas que, às vezes, é preciso ter-se a bravura de voltar atrás
e recomeçar e tomar outra direção...
Que eu não caminhe sem rumo, que eu não me perca nas
encruzilhadas, mas que eu não tema os que assaltam-me, os que embuçam,
mas que eu vá onde devo ir e, se eu cair no meio do caminho, que fique
a lembrança de minha queda para impedir que outros caiam no mesmo
abismo...
Que eu chegue, sim, mas, ainda mais importante, que eu faça chegar quem
me perguntar, quem me pedir conselho, e acima de tudo, me seguir,
confiando em mim!
Refletir um pouco...

Para refletir...
Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar; mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casa chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Lembre - se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre. Lembre - se de dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre - se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão sempre ao seu lado"
Texto de autoria atribuída a George Carlin.